"Liberdade,
liberdade!
Abra
as asas sobre nós
E
que a voz da igualdade
Seja
sempre a nossa voz"
O
samba enredo da Imperatriz vencedor de 1989 retrata uma crítica social ansiando
por igualdade, um grito do povo brasileiro contra a segregação e a injustiça
que era feita aos filhos da terra. Estas reivindicações não são, como
demonstrado, algo recente, mas fazem eco a alardes iniciados há dois séculos,
quando o Brasil ainda se encontrava como recém-nascido enquanto império livre
de Portugal.
No
século XIX, em meio ao movimento romântico, percebe-se a existência de poetas
que faziam duras críticas à sociedade da época. Essa subdivisão pertencente à
terceira parte, denominou-se condoreirismo e contou com nomes consagrados como
Castro Alves, Sousândrade e Tomás Barreto. Esse sedento desejo de liberdade é
característico do mundo liberal e alimentado por um mundo em um processo de
constantes revoluções e movimentos de independência. A princípio, com Castro
Alves, era possível notar-se um caráter antirracista, voltada para a questão da
escravidão, a nuvem que assolava o céu azul do território brasileiro, recém
independente e liberal.
Contudo,
ao longo do tempo e com o fim da escravidão promovido pela princesa Isabel, foi
ocorrendo uma diversificação nos temas alfinetados pelos escritores e poetas. A
desigualdade, não só entre raças, mas de qualquer gênero, ainda é um tema
bastante recorrente. Entretanto, percebe-se que assuntos como responsabilidade
ambiental, a questão governamental, entre outros vêm sem dúvida ganhando espaço
em decorrência do avanço da própria sociedade e suas deficiências.
Nosso
objetivo aquí é justamente denunciar essas deficiências em prol do bem
coletivo, para que estas imperfeições sejam corrigidas e melhoremos cada vez
mais tendendo para uma sociedade onde haja uma cooperação voluntária entre os
cidadãos. Um lugar onde o respeito seja não só para com os outros, mas com todo
o ambiente que nos cerca também. Um lugar atualmente considerado utópico,
mas que pode sim ser alcançado. Afinal de contas, para quem acredita que nada é
impossível, o que custa sonhar?
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