O condor cantava na calçada. As pessoas, incomodadas, afastavam-no. "Condor não canta. Ele voa." Então, ele voou. Voou alto. Voou para a liberdade. O condoreirismo tem esse nome em referência a esta ave de rapina. O que faz dele especial? As aves de rapina, tais como os poetas desta época com suas críticas, incomodavam a muitos. Porém, o condor é especial: é destas a que voa mais alto, o mais majestoso, simbolizando o desejo pela liberdade a que estes poetas estavam atrelados.
[Condoreirismo explicação]
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
O poeta "louco"
Joaquim de Sousa Andrade, nascido na vila de Guimarães, no Maranhão, formou-se em Letras pela Sorbonne, em Paris, onde fez também o curso de engenharia de minas. Republicano convicto e militante, transfere-se, em 1870, para os Estados Unidos. Morando em Nova Iorque, funda o periódico republicano "O Novo Mundo", publicado em português. Retornando ao Maranhão, comemora com entusiasmo a Proclamação de República. Dedica-se ao ensino de Língua Grega no Liceu Maranhense e passa, no final da vida, por enormes dificuldades financeiras. Morre em São Luís, abandonado, na miséria e considerado louco. Sua obra foi esquecida durante décadas. Resgatada no início da década de 1960, pelos poetas Augusto e Haroldo de Campos, revelou-se uma das mais originais e instigantes de todo o nosso Romantismo. Em Nova Iorque, publica sua maior obra, o poema longo O Guesa Errante (1874/77), em que utiliza recursos expressivos, como a criação de neologismos e de metáforas vertiginosas, que só foram valorizados muito depois de sua morte. É patrono da cadeira 18 da Academia Maranhense de Letras.
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